De acordo com a a enciclopédia livre, mudança ou transformação pressupõe uma alteração de um estado, modelo ou situação anterior, para um estado, modelo ou situação futuros, por razões inesperadas e incontroláveis, ou por razões planejadas e premeditadas.
Daí a básica explicação para a ausência de posts sobre o andamento deste TCC. Porém, perceber a dinâmica das mudanças é uma necessidade e isso me fez continuar as pesquisas no campo da Usabilidade e alguns livros estão ajudando bastante. Resolvi começar definindo o termo como um método adotado desde os primórdios da humanidade, algo como uma usabilidade física utilizada nas ferramentas e utensílios. E descobri definições interessantes para tal argumento.
Em meados do século V a.C os gregos moradores de Olinto, uma cidade na periferia da península Calcídica, desenvolveram uma nova técnica na construção de suas casas e foi um ponto de ruptura no formato arquitetônico doméstico grego, trazendo facilidades e benefícios para sua população, assim como uma maior agilidade em sua construção. Após inúmeras construções foi alcançado um modelo que aparentava ser o mais ideal para a edificação das casas gregas, e com a adoção dessa estratégia o número de casas aumentou e a moradia passou a ter um novo sentido nas cidades, deixando de ser um local apenas para dormitório e passando a ser um local de recebimento e reuniões, um pequeno reino privativo.
Avançando um pouco mais a dentro da história encontramos os primeiros povos a usarem o estribo em seus cavalos, um simples apoio para os pés que deu mais equilíbrio e estabilidade no cavalgar, dando a oportunidade de se combater melhor sobre uma montaria.
Através desses simples exemplos podemos inferir uma lógica que pode ser estudada. Segundo Gui Bonsiepe (Pg. 12 – 13) “Primeiro, temos um usuário ou agente social que quer realizar uma ação efetiva. Segundo, temos uma tarefa que o usuário quer cumprir, por exemplo: cortar pão, passar batom, escutar música, tomar uma cerveja ou abrir um canal num dente. Terceiro, temos uma ferramenta ou artefato de o usuário precisa para realizar efetivamente a ação – uma faca, um batom, um walkman, um copo, uma turbina de precisão de alta velocidade com 20.000 rpm.”
No primeiro exemplo citado podemos identificar como usuário os cidadãos gregos do século V a.C, como tarefa a construção de novas casas e como ferramenta todo o material e Know how utilizado. E aqui se encaixa uma pergunta feita e respondida pelo próprio Gui Bonsiepe (Pg. 12 – 13) “Como três campos heterogêneos podem ser acoplados um ao outro? Através da interface”.
Segundo o próprio Bonsiepe, “a interface não é uma coisa, mas o espaço onde ocorre a interação”, e que no caso do exemplo grego seria a própria casa.
Quando criamos uma ferramenta para ajudar em uma determinada atividade, criamos também uma tarefa de utilização que precisará ser aprendida. E quanto mais fácil usar essa ferramenta maior será a produtividade e satisfação do usuário que atingirá o objetivo final com maior eficiência.
Costuma-se referir à facilidade de usar essas ferramentas a partir do século XX, mas podemos fazer uma relação mais antiga com facilidades que mudaram a forma de viver das civilizações ao longo de toda história. Começando na Grécia antiga nas construções das casas de Olinto, passando pelo desenvolvimento de suas armas de guerra.
O termo usabilidade define a facilidade de aprendizado e a eficiência com que as pessoas podem empregar uma ferramenta ou objeto a fim de realizar uma tarefa com o objetivo de aumentar sua produtividade e satisfação.
Sempre que a criação de algo visa o usuário estamos tendo um exemplo de usabilidade.
Mas esses são apenas esboços de um momento de mudança... o que será q está por vir...
Abraços
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